Evento contou com 63 jogadoras inscritas
Por Rodrigo Figliolini (rodrigo.figliolini@rugbyspirit.com.br)
Neste sábado, 27, aconteceu a 1ª Clínica de Rugby XV Feminino. O evento aconteceu em São Paulo e foi organizado por SPAC, Bandeirantes e Pasteur, além de contar com apoio da Federação Paulista de Rugby. Cerca de 63 jogadoras se inscreveram para o evento, e treinaram durante toda a manhã e tarde. As atletas foram divididas em quatro grupos e, com o acompanhamento de técnicos, realizaram treinamento de passe, moul, tackle e outros fundamentos do Rugby.
Os treinadores passavam instruções às jogadoras e comentavam suas jogadas sempre que necessário. Na segunda parte do treino, ocorrida na parte da tarde, as jogadoras realizaram treinos práticos (o conhecido “Coletivo”, nos treinos de Futebol) e recebiam orientações sobre sua posição e como otimizar seus potenciais defensivos e ofensivos enquanto jogavam.
A Clínica teve como objetivos estimular o crescimento do Rugby XV Feminino no Brasil, assim como a criação de campeonatos seguindo um calendário similar ao do masculino, de acordo com a organização.
Ao final do treino, todas as jogadoras se reuniram para conversar e revisar o que foi aprendido no dia, qual percepção tiveram e como podem melhorar seu jogo. Em seguida, algumas concederam entrevistas, aonde falaram sobre o evento. “Foi melhor do que esperávamos. A qualidade das meninas também foi maior. Todas vieram com vontade de jogar, de fazer algo diferente e estavam abertas ao que estavam aprendendo.
Havia meninas que jogam há muito tempo e outras que jogam há pouco tempo. Em campo, praticamente não percebíamos a diferença. Estavam jogando de igual para igual e com a mesma vontade. E essa é a grande expectativa que nós tínhamos. Que as jogadoras viéssem com vontade de jogar” comentou Mariana Segala, uma das organizadoras.
Shasha, outra atleta responsável pela organização, analisou a importância do estímulo ao Rugby XV no Brasil. “Acredito que se os times começarem a focar um pouco no XV e um pouco no Sevens, alternando a cada 6 meses, podem levar os dois juntos. Meu sonho é termos um campeonato de XV no ano que vem”. A jogadora Bia Menini ressaltou aspectos do Rugby XV. “As meninas estão começando a ver o quão interessante é o jogo de XV e quantas estratégias ele possui. Também é mais aberto e democrático, qualquer biotipo pode jogar. E tem que ir para frente, para podermos nos divertir mais!” “Vejo que o XV traz mais o que é o Rugby de verdade. Ele é literalmente parceria. É um jogador estar colado na camisa do outro. E é muito mais coletivo do que imaginei. Quero mais clínicas e campeonato no ano que vem” analisou a atleta Julia Cavalcanti. “Foi diferente! Jogo há 1 ano e senti uma grande diferença (em relação ao Rugby Sevens)” contou Ana Carolina Moraes “Quando comecei a jogar, pensei que fosse como o dos meninos. Mas quando você sente na pele, vê que é totalmente diferente. Foi legal e me interessei mais” completou a jogadora. As atletas ainda destacaram o valor da experiência e se mostraram dispostas a participar de uma nova edição da Clínica.
De acordo com Mariana, existe a possibilidade de uma nova edição no final de Setembro, a qual provavalemente deverá ocorrer em São Paulo, no Band Arena. (NR: XV se refere ao Rugby de 15 jogadores, também conhecido como Rugby Union. É o formato no qual a Copa do Mundo será disputada. O Rugby Sevens conta com sete jogadores em cada equipe e é a modalidade olímpica do Rugby. Estará presente nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em Outubro deste ano, e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.)
Fonte: Rugby Spirit