A Escola Municipal Paulo Freire, em Niterói (RJ), recebeu dez cadeiras de rodas para a prática de rugby entre crianças e adolescentes de 7 a 16 anos, em evento realizado no dia 3 de abril. Sem similar no mundo, o equipamento integra o projeto Desenvolvimento de equipamentos para massificação do Rugby a partir da inclusão do esporte na Rede Pública de Ensino, coordenado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Conhecido também pelo nome da campanha “Eu jogo rugby. E você?”, o projeto agrega parcerias com as secretarias municipais de Educação e de Esportes de Niterói, a Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), o Niterói Rugby Football Clube e a empresa Alphamix. Durante a cerimônia de entrega, a secretária de Educação de Niterói, Maria Inês Azevedo de Oliveira, e o presidente da Fundação Municipal de Educação, Luiz Fernandes Braga, destacaram a importância do projeto para a inclusão social e o desenvolvimento da cidadania entre as crianças.
O vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Luiz Claudio Pereira, relatou o desafio de desenvolver cadeiras de rodas para a prática de rugby. "A luta não era fácil, mas durante os dois anos de projeto, a equipe do INT trabalhou incansavelmente para hoje oferecer cadeiras de rodas infantis dentro das normas internacionais de qualidade e segurança. Com certeza, é um passo importante para a popularização desse esporte", avalia Pereira. A coordenadora do projeto, Maria Carolina Santos, do Núcleo de Desenvolvimento Social do INT, explicou que o projeto visa a inovação tecnológica para massificação do rugby, que será introduzido nas Olimpíadas em 2016, tendo sua versão paraolímpica, o quad-rugby, já incorporada desde 2000.
"A Escola Municipal Paulo Freire servirá como polo para a prática do jogo em cadeira de rodas, sendo que, com apoio do projeto, outras cinco escolas já tiveram o rugby convencional incluído em suas práticas de educação física ", relata a co
"A Escola Municipal Paulo Freire servirá como polo para a prática do jogo em cadeira de rodas, sendo que, com apoio do projeto, outras cinco escolas já tiveram o rugby convencional incluído em suas práticas de educação física ", relata a co
ordenadora.
Para a implantação do esporte na rede pública de ensino de Niterói, os professores foram capacitados para conduzir e multiplicar tanto a prática do rugby convencional como em cadeira de rodas. O curso foi ministrado por atletas, incluindo treinadores e jogadores da seleção brasileira das duas modalidades. No grupo do quad-rugby, que agrega paraplégicos com comprometimento em pelo menos três membros, incluindo tetraplégicos, amputados e portadores de paralisia cerebral, os alunos passaram por avaliação física pela equipe de fisioterapia da ABRC. Os Pais de alunos também foram sensibilizados em reuniões com a equipe do projeto, especialmente para incluir os alunos com deficiência nas atividades.
Além das novas cadeiras de rodas, a equipe de Desenho Industrial do INT já apresentou protótipos de equipamentos para o rugby convencional: a baliza “H” desmontável, utilizada para a marcação dos tries (correspondentes aos gols do futebol), aprimorada para melhor transporte e adaptação aos campos; e o contact pad, escudo almofadado usado nos treinos.
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